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Conteúdo 28 de junho de 2022

Logística Humanitária

Quando falamos de logística, devemos viajar ao passado, que a demonstra como um fator de diferencial para a execução das atividades.

No Antigo Império (2686 a 2181 a.C), podemos exemplificar com a construção das Pirâmides do Egito, uma edificação de 140 metros (46 andares) para onde foram transportadas e erguidas pedras com peso médio de 2500 Kg. Até hoje se mantém o mistério de como elas foram colocadas ali.

Na 2º Guerra Mundial, no dia 06 de junho de 1944, houve a movimentação de 300 mil homens e milhares de armamentos, com a intenção de retomar a região da Normandia dos alemães.

Outro fato histórico que podemos elencar sobre a história da logística é uma passagem da Bíblia Sagrada, em Gênesis, quando Jesus ordena que Noé construa a Arca. “O Senhor ordenou a Noé que construísse uma arca na qual sua família e ‘tudo o que vive, de toda a carne’ fossem salvos do Dilúvio (Gênesis 6:19). As águas do Dilúvio destruíram os iníquos e todas as criaturas que viviam na terra, exceto as que estavam na arca. Quando as águas do Dilúvio baixaram, Noé e sua família saíram da arca.”

Dentro do contexto apresentado, podemos verificar que inúmeros fatos históricos demonstram uma logística avançada. Conforme Ballou, “a logística já é a profissão do presente há tempos, mas não obstante a isso, com todas as mudanças que vêm se desenhando em tecnologia e no mundo da gestão, seu melhor ainda está por vir.”

Observando todos os feitos históricos, verificamos que alguns aconteceram por ações dos desastres naturais e que outros aconteceram devido à ação do homem.

Com o objetivo de atender as demandas listadas, surge a logística humanitária, que engloba em seu contexto as atividades de preparação, aquisição, transporte e armazenagem.

Segundo Tomasini e Van Wassenhove (2009), “a logística Humanitária se difere da logística empresarial devido aos objetivos ambíguos, limitações de recursos humanos e financeiros, alto nível de incertezas e ambiente caótico”.

 

Cadeia de suprimentos

Após a ocorrência dos desastres naturais ou de algum evento causado pela ação do ser humano, as operações da logística humanitária entram em ação com o intuito de prestar uma rápida assistência às vítimas, através da localização de sobreviventes, remoção dos mortos e resgaste dos feridos.

No que diz respeito à cadeia de suprimentos, começa a colocar em ação as atividades de distribuição de suprimentos, fornecimento de alimentos, abrigo, assistência medica e psicológica.

Segundo Blecken (2010), a gestão da cadeia de suprimentos na logística humanitária está dividida em:

– Avaliação

– Armazenagem

– Aquisição

– Transporte

Sendo complexa e desafiadora, pois as equipes trabalham em situações pós-desastre, com infraestrutura caótica, a logística humanitária precisa ser planejada para enfrentar todos os desafios apresentados. Segundo Leiras (2017), as dificuldades inerentes à gestão da cadeia de suprimentos na logística humanitária podem ser resumidas da seguinte forma:

– Dificuldade de executar operações com recursos limitados;

– Dificuldade de conciliar objetivos ambíguos;

– Dificuldade na tomada de decisões devido ao alto grau de incerteza;

– Dificuldade em realizar ações em um ambiente politizado;

– Dificuldade de tratar com problemas urgentes.

Apesar de todos os desafios que enfrentamos, a logística bem planejada é de fundamental importância para entender todas as circunstâncias e obter sucesso em uma operação de resposta a desastres. Sendo assim, quando enfrentamos o desafio da logística humanitária, precisamos ter em mente o seguinte triple:

– Humanidade

– Imparcialidade

– Neutralidade

Termino deixando uma frase para todos envolvidos na logística humanitária: “Nunca se preocupe com números. Ajude uma pessoa de cada vez e sempre comece pela mais próxima de você”, Madre Teresa de Calcutá.

Victor Adriano Tavares Victor Adriano Tavares

Possui graduação em Administração, Especialização em Logística, Docência do Ensino Superior, Gestão de Equipes, Gestão e auditoria ambiental e Gestão escolar e Coordenação Pedagógica. Professor Universitário (Administração e Logística), proprietário da Vs2l Transportes e Analista da Educação Profissional – Firjan/SENAI – Departamento Regional do Rio de Janeiro.

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