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Conteúdo 12 de setembro de 2011

Lógica Reversa

O desafio é estabelecer e manter um processo de logística reversa que promova movimentos eficientes, rápido, acurado e ao menor custo.
Logística reversa é mais do que a gestão dos retornos. Está relacionada a evitar o retorno, e a disposição dos materiais e todos os outros aspectos associados a cadeia de abastecimento do pós venda.

Muitos benefícios podem ser obtidos através de um estudo estratégico das atividades de logística reversa, na maioria das vezes desconexos das ações e transações.

Em qualquer fluxo de logística reversa, o maior objetivo é recompor o mais alto valor do produto de acordo com eventuais disposições e restrições legais. De forma a conseguir isto, deve-se decidir o que, quando e como os materiais podem entrar no sistema de logística reversa, ou simplesmente a disposição do mesmo ser a melhor alternativa.

A definição de coleta e classificação deve ser feita tão logo quanto possível e implementada no sistema reverso, para que não seja mais agregado qualquer custo adicional ao produto.

Considerando que a responsabilidade de disposição do material é do fabricante, e que eventuais meios associados ao produto (por exemplo embalagens) incorporam o mesmo, então a disposição e/ou retorno das embalagens são de responsabilidade do fabricante do material entregue.

Pensando nisto é que as autopeças e montadoras de automóveis utilizam a bastante tempo embalagens retornáveis, isto é, o custo associado a disposição das embalagens descartáveis é maior do que o custo e administração dos fluxos de retorno das embalagens retornáveis.

Considerando os benefícios associados ao novo meio de acondicionamento, foi definida a logística reversa.  Claramente empresas investem em equipamentos, tecnologia, relacionamento e parcerias entre processos pensando em criar sistemas de logística reversa eficientes, que contribuam com melhores margens, retenção de clientes e flexibilidade.

Estudos do Reverse Logistics Executive Council dos EUA indicam que a logística reversa representa cerca de 9% do custo logístico total, com uma importante parcela econômica e ainda maior importância quando associada a imagem da empresa e o serviço ao cliente. Retornos são uma grande oportunidade, e cada vez mais as empresas focalizam esta atividade como possibilidade de melhoria.

À parte do aumento da responsabilidade legal criada pela Lei de Resíduos Sólidos (lei 12.305/10 de 02 de agosto de 2010),  empresas de sucesso são sensíveis ao impacto dos resíduos e retornos de seus produtos ao meio ambiente e percepção da opinião pública e especial seus clientes e consumidores sobre sua responsabilidade social.

Isto tem motivado a logística reversa a tornar-se parte do processo de sustentabilidade, com menor impacto ao meio, a sociedade e com benefícios econômicos reais.

O gerenciamento da logística reversa tem sido uma tendência em diversos setores, mas muito mais como moda do que algo consistente. Isto é, o discurso é amplo, o debate sobre boas práticas e tudo mais, mas ainda pouca prática, isto é, o nível de conscientização aquém do que deveria ser.

Devido a preocupação global quanto uso de recursos naturais e gestão de resíduos, está se tornando cada vez mais importante a gestão da logística reversa, mas por si só apenas a motivação social não fará o empresariado pensar diferente, será a identificação de oportunidades econômicas que fará o papel de catalisador da mudança.

É fácil identificar se a empresa tem um bom controle sobre sua logística reversa, aqui alguns sintomas de que algo não vai bem:

-retornos são recebidos mas sem um pronto processamento da ação associada ao retorno;

-altos estoques de materiais retornados no armazém;

-retornos não identificados e não autorizados;

-desconhecimento do custo total dos retornos;

-perda de confiança pelo cliente dos retornos, em especial devido atividades de reparo.

Melhores práticas estão associadas ao reconhecimento do valor estratégico em ter uma logística reversa implementada para minimizar os riscos da perda de lucratividade e de mercado.

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