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Conteúdo 15 de março de 2022

Explosão de custos na logística: como minimizar o problema?

março-22 Foto interna para colunas

Com as atuais transformações econômicas no Brasil, o setor de logística é um dos mais afetados, e, por consequência, também afeta outros setores, tornando-se mais um elemento desse ciclo vicioso de alta de preços e menor poder de compra dos cidadãos. Passamos mais de 10 anos com inflação estável e queda de juros, mas atualmente vivemos o cenário oposto, com inflação galopante e juros altíssimos. Como nunca, é preciso lançar mão do máximo de estratégias para não quebrar empresas desta e das demais áreas de atuação.

Um dos maiores desafios é diminuir o repasse de aumentos de insumos, já que muitos empreendimentos estão indo à bancarrota por não saber lidar com a questão do custo. Quem compra o serviço não quer lidar com o aumento, mas é quase impossível não embutir todos os repasses em mão de obra e combustível. O barril de petróleo, que em cenários melhores custava 50 dólares, tem chegado a 120 dólares. O preço do diesel aumentou 53%, o dos pneus cresceu 50%, entre outros itens básicos que fazem parte da cadeia de logística e alteram os custos dos produtos para o consumidor final.

Como se já não bastasse o desempenho ruim do país na economia, este ano promete outras instabilidades. Já existem projeções que apontam para um crescimento econômico negativo no Brasil em 2022, uma recessão que não víamos há tempos, e a partir de julho, com o início do período eleitoral e mudanças constantes de expectativas, haverá ainda mais turbulências. No âmbito internacional, as relações extremadas e a perspectiva de uma nova guerra também devem afetar o nosso ambiente.

Nesse cenário altamente desfavorável, devemos fazer nossa parte para ao menos diminuir os impactos negativos. Não há alternativas: a empresa que não se adaptar com medidas drásticas corre sérios riscos de quebrar. Para obter o máximo de eficiência e evitar desperdícios, é necessário implementar sistemas de digitalização e treinamentos de pessoal, o que também deve reduzir o turnover.

Outra medida sempre necessária é investir em benchmarking, com análise de concorrência para implementar as melhores práticas. O horizonte que se avizinha pode não ser dos melhores, mas não o encararmos de frente não é uma opção. Se olharmos para fora com o objetivo de aperfeiçoar o que temos como empresa internamente, podemos sobreviver a essas intempéries e manter bases sólidas para o futuro. Que legado você gostaria de deixar para sua empresa a partir desse momento de crise?

Antonio Wrobleski Antonio Wrobleski

Especialista em logística, presidente da BBM Logística, sócio e conselheiro da Pathfind. Engenheiro com MBA na NYU (New York University) e também sócio da Awro Logística e Participações. Ele foi presidente da Ryder no Brasil de 1996 até 2008. Em 2009 montou a AWRO Logística e Participações, com foco em M&A e consolidação de plataformas no Brasil. Foi Country Manager na DHL e Diretor Executivo na Hertz. O trabalho de Antonio Wrobleski tem exposição muito grande no mercado Internacional, com trabalhos em mais de 15 países tanto no trade de importação como de exportação. Além disso, ele é faixa preta em Jiu-jítsu há 13 anos e pratica o esporte há 30 anos.

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