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Conteúdo 6 de setembro de 2022

Estabelecer conexões: aquilo em que todos devem investir, mas poucos pensam sobre isso

Tenha em mente duas palavras-chave: inovação e tecnologia. Todo empreendedor bem-intencionado sabe que essa é a base do conceito de empresa de vanguarda. Mas não é só isso. Tecnologia e inovação podem representar o pulo do gato para o seu negócio e também para o Brasil, de forma geral. O País precisa urgentemente de investimento nesses setores. Segundo dados da pesquisa Agenda 2022 da Deloitte, com mais de 500 empresas com receitas somadas equivalentes a 35% do PIB brasileiro, 96% delas pretendem investir o faturamento em transformação tecnológica neste ano.

Outro levantamento, da International Data Corporation (IDC), com 389 líderes de grandes empresas mundiais, mostra que 88% dos entrevistados vão aumentar os recursos destinados à área de tecnologia em 11% entre 2022 e 2027. Bons sinais. O cenário global parece promissor e poderia muito bem influenciar a realidade brasileira. Mas há uma guerra acontecendo do outro lado do mundo e, internamente, estamos vivendo o caos, com juros altos, inflação a galope, problemas na educação, saúde e transporte.

O panorama é caótico e, justamente por isso, exige ação. Precisamos mitigar os riscos investindo em inovação em todas as áreas e em tecnologia onde for necessário. Soluções que servem mais como uma cortina de fumaça precisam perder espaço na agenda para que as empresas comecem a analisar os problemas em sua base e, a partir disso, elaborar planejamentos efetivos e eficientes.

Segundo a Unesco, na área de ciência, tecnologia e inovação, o maior desafio no Brasil é elaborar e implementar uma política de longo prazo, que permita ao desenvolvimento científico e tecnológico alcançar a população e que efetivamente tenha um impacto determinante na melhoria das condições de vida da sociedade. Esse é um processo que, cada vez mais, evidencia o grande potencial de desenvolvimento e inclusão social do investimento público e privado em ciência e tecnologia, informa a Unesco.

De acordo com o Índice Global de Inovação, o Brasil ocupou no ano passado a posição 57 de um total de 132 países, dez posições atrás da que ocupava em 2011, quando teve seu melhor resultado no levantamento. Na América Latina e Caribe, o Brasil fica atrás do Chile, México e Costa Rica, mesmo que seja uma das grandes economias mundiais.

Infelizmente, no Brasil, vivemos uma política de fragmentação entre os estados da nação. A proposta deve ser pensarmos de forma interligada, estarmos mais conectados. Com a conectividade, começaremos a investir com mais força na redução dos problemas atuais e de outros que nos acompanham de longa data, como a desigualdade assustadora brasileira.

O Brasil está cada vez mais distante do resto do mundo em diversos campos essenciais: tecnologia, inovação, social, economia, educação, políticas públicas para as minorias historicamente reprimidas, meio ambiente. Sem falar na logística, especificamente, com as estradas intransponíveis que ainda temos no país. Estamos em um momento controverso, sabemos o que precisamos mudar, mas não mudamos.

Mais do que nunca precisamos de conexão, conectividade, tecnologia e inovação. Tudo hoje é conexão e conectividade. Não existe mundo sem internet, não existe mundo sem comunicação. Cada vez mais esses princípios norteiam as empresas no sentido de otimizar e transformar para obter melhores resultados. Digitalização, presença digital, autonomia, inteligência artificial, relacionamentos e inter-relações.

Do que precisamos, inicialmente (e, essencialmente, do próximo candidato a ocupar a cadeira de maior destaque do país) é de um planejamento estratégico claro e eficiente. Dessa forma, será possível superar os próximos anos e voltar a apresentar um crescimento que seja de fato satisfatório. Vamos nos conectar!

Antonio Wrobleski Antonio Wrobleski

Especialista em logística, presidente da BBM Logística, sócio e conselheiro da Pathfind. Engenheiro com MBA na NYU (New York University) e também sócio da Awro Logística e Participações. Ele foi presidente da Ryder no Brasil de 1996 até 2008. Em 2009 montou a AWRO Logística e Participações, com foco em M&A e consolidação de plataformas no Brasil. Foi Country Manager na DHL e Diretor Executivo na Hertz. O trabalho de Antonio Wrobleski tem exposição muito grande no mercado Internacional, com trabalhos em mais de 15 países tanto no trade de importação como de exportação. Além disso, ele é faixa preta em Jiu-jítsu há 13 anos e pratica o esporte há 30 anos.

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