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Conteúdo 12 de janeiro de 2013

Empresas de logística mais ágeis e mais produtivas

Estamos iniciando o ano de 2013 e diante dos cenários que se apresentam, teremos um ano repleto de desafios.

Sabemos que a logística é um dos diferenciais competitivos das organizações, e em cenários mais desafiadores, surgem excelentes oportunidades para encontrarmos soluções criativas e inovadoras.

Entretanto, fazer diferente do que vem sendo feito não é tarefa fácil, pois exige diversas mudanças, sejam elas nos aspectos de cultura, de hábitos e costumes, na forma de analisar o cenário, na forma de liderar as equipes, na forma de analisar os resultados de curto, médio e longo prazo, dentre outras. Mas, como sabemosm a palavra mudança por si só já causa um frio na barriga em grande parte das pessoas.

É muito comum vermos empresas com algum tempo de mercado simplesmente irem desbotando, ou seja, a cada ano que se passa vão perdendo a sua cor, o seu tutano, a sua energia, a sua vontade de conquistar novas coisas e, a única cor que predomina é o vermelho de seu resultado. Esse processo é lento e, muitas vezes, imperceptível até que um belo dia a empresa simplesmente desaparece. No segmento logístico temos inúmeros casos que retratam esta situação e, infelizmente, ainda teremos diversos outros.

Quando os executivos das empresas que estão se desbotando são perguntados sobre o que está ocorrendo, muitas vezes eles não possuem a clareza da situação. Simplesmente procuram transferir a culpa dos insucessos para o mercado, afirmando que a concorrência é desleal, que os preços estão sendo achatados, que os clientes estão mais exigentes, que os impostos estão inviabilizando o negócio. Grande parte das vezes observamos uma transferência interna, ou seja, o departamento A diz que fez a sua parte, mas o departamento B não conseguiu cumprir a sua parte. Por sua vez o departamento B mostra que as regras estabelecidas como foco no negócio não são observadas pelo departamento A, e assim a empresa como um todo continua se desbotando. Podemos pontuar mais de 50 razões elencadas por estes executivos, mas este não é o foco hoje.

O que ocorre, em grande parte das vezes, é que os executivos das empresas que vão desbotando se preocupam tanto com o seu status quo que não conseguiram perceber e entender que é preciso mudar constantemente de forma ágil e produtiva.

O mercado não vai deixar de ser cada vez mais exigente em relação à qualidade dos serviços e aos custos praticados, a concorrência não vai deixar de ser acirrada (o que é muito bom para o mercado e para o negócio) e, provavelmente, não teremos grandes desonerações por parte do governo.

Logo, o caminho a seguir pelos prestadores de serviço logísticos (operadores ou transportadores) é a busca pela agilidade e produtividade que não é apenas baseada na aquisição de equipamentos modernos e tecnologia de ponta.

Em 2013 e, nos anos que se seguem, conseguirá se destacar no mercado, a empresa que:

• Definir de forma clara a sua estratégia de negócios (foco, mercado, preço…)
• Entender as demandas dos clientes atuais e futuros e o alinhamento destas com a estratégia de negócios estabelecida da empresa;
• Entender os custos (diretos e indiretos) que o serviço prestado ao cliente gera e a margem de resultado deixada para a empresa, buscando aumentar o volume dos de maior margem e a reversão ou exclusão dos de margem menor;
• Selecionar, desenvolver, engajar e reter uma equipe comprometida com os resultados e satisfeita com o ambiente de trabalho;
• Ter processos que garantam a máxima produtividade dos recursos (humanos, materiais e de tecnologia)
• Estar lado a lado com a comunidade, entendendo como pode ser feita uma integração entre empresa e o desenvolvimento da comunidade,
• Remunerar os acionistas de acordo com os objetivos de curto, médio e longo prazo;
• Estar atenta às regras do governo de uma forma geral;
• Manter executivos que consigam enxergar a necessidade de mudar.

Bem, como podemos ver, 2013 será um ano repleto de desafios, mas para aqueles que estiverem abertos às mudanças, também será um ano de grandes oportunidades.

Logo, é aproveitar este início de ano para refletir sobre que caminho a seguir: ser uma empresa de logística mais ágil e mais produtiva ou uma empresa que vai se desbotando ao longo dos poucos anos que lhe resta.

Hélio Meirim Hélio Meirim

CEO da HRM Logística Consultora & Treinamento, atuou por mais de 20 anos, no Brasil e no exterior (Estados Unidos, México, Chile, Espanha e Portugal), em cargos executivos de empresas nacionais e multinacionais nos segmentos de Operadores Logísticos, transportadores, varejo, e-commerce, indústria farmacêutica, alimentícia, siderúrgica, química e agrobusiness. Mestre em Administração, possui especializações em Marketing, Logística, Docência Superior e Análise de Projetos e Sistemas. Mentor, professor, escritor e palestrante em diversos eventos nacionais e internacionais e coordenador da Comissão de Logística do Conselho Regional de Administração – RJ. Por dois anos, recebeu a moção honrosa por serviços relevantes prestados à profissão de Administrador, concedida pela ALERJ – Assembleia Legislativa RJ. Continua sendo um eterno estudante e pesquisador.

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