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Conteúdo 2 de maio de 2012

Coaching: Seu sonho tem preço?

 

Ultimamente vem se falando muito sobre a eficiência dos processos de coaching. A mídia vem nos inundando com o assunto, despertando nosso interesse para a realização dos nossos sonhos através do alcance de nossas metas. Muitos vêm se denominando coach de olho na abertura desse mercado. Mas, quando e até que ponto devemos abraçar o coaching como ferramenta objetiva para alcançar nossas metas? É possível mudar de vida? Quais os contra-sensos e enganos envolvidos na exploração desse meio que promete realizações pessoais e profissionais?

Para muitos, um processo novo, uma nova atividade que desperta interesses financeiros. Na verdade, o coaching é tão antigo quanto a humanidade. Veio se redesenhando ao longo do tempo de acordo com os objetivos do indivíduo, de acordo com as exigências para se obter o sucesso. Há quem diga que é a comercialização dos conselhos da vovó, mas é um mercado que vem se especificando e se especializando em ajudar na realização dos planos de seus clientes.

Para quem está entrando no mercado agora, coaching deriva da palavra coach, de origem inglesa e que têm muitos significados, dentre os quais treinador, técnico e professor particular. Coaching é uma atividade profissional – não reconhecida por não ter uma formação – onde o coach auxilia o coachee (cliente) na busca do autoconhecimento e dos meios para o alcance de suas metas que passam pela vida pessoal e profissional. No convívio familiar, na lida com o grupo de trabalho, no aprender de uma nova língua, até na mudança de mercado de trabalho o processo atua em caráter direcional e comportamental.

É possível contratar coaching de vida, de carreira, executivo, empresarial e esportivo. Mas, é necessário observar a diferença entre mentoring, cujo mentor usa de sua experiência para conduzir seu cliente ao sucesso proposto, e o coaching que ajuda o cliente a ser o melhor que ele puder ser através de suas próprias decisões baseadas no conhecimento de si, no desafio e na mudança de suas ideias e sentimentos que estão em desacordo para o alcance do seu próprio sucesso.

O próprio processo em si revela vários pontos que vêm despertar desconfianças entre aqueles que querem aderir ou estudam possibilidades. A maior de todas, em minha opinião, são os novos estudos americanos sobre o assunto que, segundo seus levantamentos, o coaching é menos lucrativo do que a “formação” de coach. Ou seja, os cursos encontram mais rentabilidade em recrutar multiplicadores do que movimentar o mercado de clientes, que é o real fundamento. Com mais “professores” do que “alunos”, o processo perde força em termos de confiabilidade competente.

Outro ponto, não menos importante, é que o coaching (que tem o foco no futuro, na realização dos objetivos dos clientes) defende com ardor de que não é uma terapia (que tem como foco entender o indivíduo de acordo com seus eventos passados). É importante assumir e entender que sim, numa determinada etapa, esses caminhos se cruzam. Não há como desprezar erros no processo de aprendizagem. Esse ponto torna-se o mais perigoso, pois o coach, possivelmente, acabará por desempenhar um papel de psicólogo. E aí vem o “até que ponto” isso poderia se misturar dentro de processos com objetivos similares e razões diferentes.

Essa história de “médico e louco, todo mundo tem um pouco”, não se aplica em processos realizados por profissionais sérios. Mas serve para lembrar a desordem que isso pode causar na vida de uma pessoa – Eu não gostaria de um louco como médico.

O coaching é bem estruturado no seu principal fundamento: Você não realiza seus sonhos, não se torna um bom líder sem antes conhecer a si mesmo. Essa é uma grande verdade. Mas isso também se aplica ao coach. Não dá para eu fornecer ao outro aquilo que não tenho.

As pessoas vêm associando grandes vencedores, pessoas que alcançaram grandes sonhos, possuem grandes patrimônios, que obtiveram muito sucesso a um coach capaz de transformar suas vidas. Cuidado! Eles podem ser bons com processos, não com pessoas. Sonhos são diferentes assim como difere a forma de realizá-los. Claro que são conhecimentos valiosíssimos de alguém que chegou lá, não só vão nos inspirar como nos mostrar os bons atalhos. Para isso eu já tenho que saber onde eu quero chegar. Daí vem a ajuda de um bom coaching para alcançar aquilo que você quer, não o que é necessário você querer.

Esse perigo da troca de sentimentos por algo material deve ser bem avaliado. Não ter tudo o que queremos é, para mim, o principal instrumento propulsor da humanidade. O fato de sermos diferentes não nos diz que somos superiores ou inferiores a ninguém, mas a forma que enxergamos o nosso meio, esta sim, pode antecipar a conquista de algo que buscamos.

O seu sonho não tem preço. Antes de contratar um coach procure se certificar que ele entenda isso, não para basear-se no valor do contrato, nem destacar o valor de um bem, mas o valor da conquista. Apesar de seus sentimentos serem mecanismos eles não são mecânicos. Você não é uma atividade financeira, tampouco uma máquina que sempre dá certo em tudo. Mude sem perder sua essência. Seus valores não podem ser comprados com a moeda do sucesso.

Dentro dos processos de coaching realizados por profissionais sérios você vai aprender a gerenciar seu plano de ações. Atingir cada meta é uma vitória parcial que precisa ser bastante valorizada para que lhe entusiasme na caminhada em direção às outras. O coach é um facilitador que precisa estar alinhado na responsabilidade de enxergar o sonho do seu cliente não apenas como uma atividade lucrativa, mas como um instrumento que lhe proporcionará qualidade de vida.

Marcos Aurélio da Costa Marcos Aurélio da Costa

Foi coordenador de Logística na Têxtil COTECE S.A.; Responsável pela Distribuição Logística Norte/Nordeste da Ipiranga Asfaltos; hoje é Consultor na CAP Logística em Asfaltos e Pavimentos (em SP) que, dentre outras atividades, faz pesquisa mercadológica e mapeamento de demanda no Nordeste para grande empresa do ramo; ministra palestras sobre Logística e Mercado de Trabalho.

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