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Conteúdo 8 de outubro de 2012

Bom ambiente de trabalho ou bom salário?

Quando podemos ter os dois em níveis satisfatórios é excelente! Mas, nem sempre é assim. Quando e como fazer nossa opção diante de um trabalho bem remunerado dentro de um péssimo ambiente de trabalho? E quando o salário é baixo dentro de um ambiente agradável?

“Fulanésio é um ótimo gerente de produção em uma empresa local. Redescobriu a convivência amigável com seus colegas de trabalho e a prestação de bons serviços à empresa pelo ótimo relacionamento com todos os componentes de sua equipe. Considera seu trabalho agora como uma verdadeira extensão de sua casa que, dessa forma também, melhorou muito sua qualidade de vida familiar. Não fosse o salário apertado, difícil para seu planejamento, seria um emprego perfeito. Agora se vê num dilema: A empresa anterior, com um grande destaque no mercado, convida-lhe para retornar ao seu quadro profissional com um salário três vezes maior que o atual. Contudo, num ambiente sem estímulos, já que conhece a equipe, os diretores antiéticos e a prisão psicológica que viveu por um tempo. Tempo de desrespeito profissional e pessoal”.

Não há dúvidas de que um bom ambiente de trabalho contribui muito para as atividades diárias e para o sucesso profissional. Isso já seria a “pulga” na orelha de quem está sendo contratado; ou deveria ser, já que se conhece o salário antes do contrato, o ambiente nem sempre.

Não vejo necessidades em absorver um péssimo ambiente. Verdade seja dita: A empresa não está contratando fofocas, desavenças e dissidências. Ela busca contratar o oposto disso. Dessa forma, já nos oferece uma melhor qualidade de vida, quebrando o conceito de muitos de que a empresa é responsável pelo ambiente de trabalho. Você é o responsável. Talvez a responsabilidade das empresas esteja em permitir que a coisa descambe para uma divisão e perda de foco de seus funcionários, comprometendo assim, as ideias tão necessárias à continuidade de qualquer organização.

Há um engano em achar que uma empresa sofre menos que você nas formações das chamadas “panelinhas” – a pior coisa que pode existir dentro de uma empresa para minar as linhas de relacionamento. Até merece um artigo especial para tratar do assunto.

De uma forma geral, a opção entre esses dois pontos nos torna reféns da escolha. Por isso deve ser bem avaliada para que se possa adiar alguns desejos materiais ou o desejo de paz e bem-estar. Acredite, um bom ambiente de trabalho lhe oferece um bem-estar mais duradouro do que muitas conquistas materiais proporcionadas por um bom salário. A escolha sempre será só sua. Mas você pode ter os dois quando aprende a viver com as circunstâncias de um ou outro.

Para muitos que entendem a divisão de vida pessoal e profissional, isso não é um dilema. A forma com que enxergamos nosso trabalho diz tudo sobre nossa capacidade de transformar nosso ambiente de trabalho em algo mais produtivo, trazendo para mais perto o outro ponto aqui comentado. Afinal, salário é algo tão complexo dentro de uma empresa que exige uma grande compreensão, mas o alcance da satisfação com ele lhe exige produção. Sem mostrar seus valores, entusiasmo e resultados, dificilmente será bem visto no âmbito do salário.

Acontece que muitos se incomodam tanto com o jeito de poucos que deixam suas tarefas comprometidas e até sua paz ameaçada, tornando o ambiente insustentável a ponto de tornar insuficiente qualquer bom salário.

Não há uma receita específica para sanar essa discussão. Mas, a forma com que se enxerga e reage ao identificar problemas em seu ambiente de trabalho é tudo. Identificar quem promove atritos, discórdias, revoltas e “apagam” seu entusiasmo merece um tratamento mais diplomático. Não encontre naqueles com os quais mais se identifica razões de laço familiar. Lembre-se que você está em um ambiente competitivo e o “cada um por si” fala muito alto até que se conheçam melhor seus colegas de trabalho. Preserve seus valores e respeite o outro para manter, ou melhorar, ou suportar seu ambiente de trabalho.

Quanto ao salário, não é muito diferente, pois também depende muito de você. Se for baixo, qualifique-se e inove. Se for bom, qualifique-se e inove.

De uma forma ou de outra, não podemos ter tudo o que queremos, nem da forma que queremos, mas podemos transformar todas as coisas com um tempero de humildade, aceitação, perseverança e compreensão do que nos rodeia. Cada um possui sua resposta.

 

Marcos Aurélio da Costa Marcos Aurélio da Costa

Foi coordenador de Logística na Têxtil COTECE S.A.; Responsável pela Distribuição Logística Norte/Nordeste da Ipiranga Asfaltos; hoje é Consultor na CAP Logística em Asfaltos e Pavimentos (em SP) que, dentre outras atividades, faz pesquisa mercadológica e mapeamento de demanda no Nordeste para grande empresa do ramo; ministra palestras sobre Logística e Mercado de Trabalho.

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