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Conteúdo 10 de fevereiro de 2004

Brockveld fornece sistemas para o Grande Moinho Aratu, do grupo M. Dias Branco

O Grupo M. Dias Branco investiu mais de R$ 500 milhões na construção de um complexo industrial em Aratu, região metropolitana de Salvador, BA – o Grande Moinho Aratu (GMA) -, que envolve um moinho de trigo, uma fábrica de biscoitos e massa, um centro de distribuição, um prédio da administração e um porto marítimo para grandes graneleiros, apresentando capacidade para processar 1650 toneladas/dia.
O complexo – inaugurado em dezembro último – possui 142.185 m2 de área construída, e está instalado em uma área total de 354.000 m2. A Brockveld, de São Paulo, SP – empresa de soluções em logística e de equipamentos industriais -, foi a responsável pelo fornecimento de todos os sistemas para a movimentação de farinha e farelo, carregamento de big-bags, carregamento e descarregamento de navios.
De acordo com o presidente do grupo M. Dias Branco, com sede no Ceará, Ivens Dias Branco, a idéia de construir um completo industrial teve como estratégica ocupar uma parte do mercado das regiões Sul e Sudeste, considerando que, hoje, a marca é bastante conhecida no nordeste, mas não chega aos supermercados das demais regiões. “O moinho é o mais moderno do mundo, porque está dotado de alta tecnologia. Não existe nada superior”, diz o presidente.
Recentemente, o grupo comprou os negócios, no Brasil, da argentina Socma – Sociedad Macri. A negociação, estimada em cerca de U$$ 100 milhões, representou a aquisição da Adria Alimentos do Brasil, de São Paulo, SP, da Basilar, de Jaboticabal, SP, da Zabet, de Lençóis Paulista, SP, e da Isabela, de Bento Gonçalves, RS, nas áreas de massas e biscoitos, levando a M. Dias Branco à condição de líder no mercado doméstico de biscoitos e massas e de maior fabricante desse setor na América Latina.

Última geração
O Grande Moinho de Aratu utiliza tecnologia de última geração. Os equipamentos, produzidos pela indústria suíça Bühler, são controlados por computadores. O conjunto de silos tem 21 unidades verticais, com altura de aproximadamente 60 m. A capacidade de armazenagem dos silos é de 80 mil toneladas de trigo. O empreendimento foi concebido para atender ao mercado da Bahia e da Região Centro-Sul do país e fornecer farinha de trigo para as fábricas da Adria, Basilar, Isabela e Zabet.
Segundo conta Edson Maurício Brockveld, diretor-presidente da empresa fornecedora dos sistemas transportadores, a atuação da mesma no empreendimento ocorreu em três fases. A primeira, no fornecimento de todo o sistema de movimentação de farinha e farelos em sacos e fardinhos, tanto para armazenagem quanto para o carregamento dos caminhões. O segundo envolveu o fornecimento do sistema de carregamento automático dos big-bags de 1 200 kg de farinha para o abastecimento das empresas do grupo em São Paulo, através de sistema de acumulo e carregamento duplo. E a última fase, em execução, inclui o sistema de carregamento e descarregamento de navios.
No primeiro caso, são transportados 1800 sacos/h de farelo, 840 sacos/h de farinha e 300 fardinhos/h/máquina. “O sistema de transportadores de correias instalado é totalmente automatizado e abrange os 10 andares do moinho, tanto armazenando farelo quando enviado-o para as nove docas, retráteis e móveis, usadas no carregamento de caminhões e carretas. Em todos os andares a entrada e a saídas de sacos é controlada e contada pelo sistema. Além disso, é empregado um software com supervisório, que controla o embarque, a existência de defeitos, a armazenagem e a produção”, diz Edson.
O diretor-presidente da Brockveld lembra que são 1 500 m de transportadores, com grande parte reversível, dotados, nos andares, de sistema basculante, que permite a carga e a descarga dos produtos.
Quanto à supervisão, são usados três grandes conjuntos: uma rede de supervisão (Ethernet), uma rede de controle dos equipamentos de campo e uma rede ASI, para controle distribuído de motores e sensores em todos os andares. “Também são usados shuts helicoidais, os quais interligam os andares através de comportas pneumáticas controladas.”
No caso dos big-bags, Edson informa que os mesmos são transportados em carretas – 28 unidades em cada uma – e, também, em carretas Volvo duplas, capazes de transportar 56 big-bags por viagem.
“O sistema de enchimento dos big-bags é totalmente automatizado, e o carregamento de cada carreta demora apenas 45 minutos. O sistema de carregamento das carretas é por acúmulo, utilizando transportadores de roletes acionados duplos, com cerca de aproximadamente 60 m de comprimento. No final, uma ponte rolante carrega dois big-bags de uma vez e os posiciona nas carretas”, diz Edson.
Por fim, há o terminal portuário, que deve estar funcionando em setembro próximo, composto de berço de atracação para graneis sólidos e condições de embarcar até 1500 toneladas/hora de grãos de soja e descarregar até 750 toneladas/h de trigo.
“Neste caso, estamos instalando um sistema transportador com capacidade para 750 toneladas/h, que vai retirar o trigo a granel dos navios (até Panamax de 75.000 toneladas) e os levará aos moinhos. Este transportador de correia côncava totalmente enclausurado, com passagem de homem interno, operará em uma distância de aproximadamente 1.200 metros e terá oito segmentos, sendo o maior com 230 m”, completa o diretor-presidente da Brockveld.

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