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Conteúdo 26 de julho de 2006

Apesar de ter a maior movimentação de mercadorias do país, Porto de Vitória ainda é o segundo em arrecadação de receita

Apesar de ter a maior movimentação de mercadorias
do país em toneladas, o Porto de Vitória ainda é
o segundo em arrecadação de receita, ficando atrás
do Porto de Santos. O volume de exportação pelo complexo
portuário capixaba no mês de maio foi de 7.650.619
toneladas, enquanto que o do Porto de Santos foi de 4.038.382 toneladas.
Com um número de toneladas 189% maior, a arrecadação
do Porto de Vitória não seguiu o mesmo ritmo. Em dólares,
Santos arrecadou US$ 3.471.087.467 e Vitória US$ 753.509.369,
460% a menos.
Esses números devem-se, principalmente, às diferenças
nas cobranças de tarifas dos dois portos. Enquanto que a
Companhia Docas do Espírito Santo (CODESA) cobra pela utilização
de infra-estrutura R$ 34,93 por movimentação de contêiner
cheio, o Porto de Santos recebe R$ 46,54 pelo mesmo serviço.
A discrepância fica mais visível nas tarifas de granéis
líquidos. O Porto de Vitória cobra R$ 1,73 por tonelada
e o de Santos R$ 7,24, 418% a mais. Essa porcentagem se aproxima
da diferença na arrecadação entre os dois portos.

A movimentação de cargas no mês de maio obteve
bons resultados para o Porto de Vitória. Porém, com
as baixas tarifas operadas pela Codesa, o Porto deixa de ganhar
em arrecadação. A título de comparação,
um navio médio de 185 metros de comprimento paga R$ 255,00
para atracar por seis horas no Cais Comercial de Vitória.
Em Santos, esse mesmo navio é tarifado em cerca de R$ 2.300,00
pelo mesmo período de tempo. Para modificar a sua tabela
de prestação de serviços, a Codesa tem que
fazer um minucioso levantamento técnico (já em andamento)
e encaminhar para a Agência Nacional de Transportes Aquaviários
(ANTAQ). Somente com a documentação retornando da
ANTAQ é que a nova tabela de tarifas da empresa seria encaminhada
para o Conselho de Autoridade Portuária (CAP), para homologar
os novos valores.
Além de uma tarifa congelada há mais de 10 anos, a
Codesa ainda vem sofrendo desde janeiro último com uma retenção
de 30% de toda a sua receita bruta, proveniente de passivos trabalhistas
dos últimos anos. Até dezembro de 2005 esta retenção
era de 20%.
As retenções trabalhistas na receita da Codesa foram
iniciadas a partir de setembro de 2003 e totalizam até o
momento aproximadamente R$ 40 milhões.

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