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Conteúdo 10 de novembro de 2005

Ainda são muitos os problemas. Mas, também, as soluções

Os grandes problemas enfrentados pelo setor são externos às empresas que nele atuam – conjunturais, de infra-estrutura, econômicos. Mas, as soluções existem.

Embora o setor de operadores logísticos venha apresentando um significativo desempenho no Brasil – o que leva a um crescimento relevante e a perspectivas otimistas -, ele enfrenta sérios problemas.
Pelo menos é o que dizem os representantes das empresas que prestam serviços de operador logístico ouvidos nesta matéria especial de LogWeb. Na sua maioria, são problemas externos às empresas. Mas, também há soluções.

Primeiros passos
“Apesar da grande ênfase que se tem dado à logística integrada e aos benefícios que as empresas poderão ter com a sua utilização, no Brasil, mais especificamente, o conceito ainda encontra barreiras para sua total implementação. Pode-se citar, de forma sintética, alguns desses obstáculos: a prática de utilização do operador logístico ainda está dando seus primeiros passos; poucas empresas têm capacidade para dar um suporte global ou regional para seus clientes e que contemplem a avaliação, a criação, o desenho, a implementação e a operação do serviço logístico; pouco se conhece o cliente; e há dificuldades para identificar e desenvolver estratégias logísticas específicas. Não se deve esquecer que, por mais incrível que possa parecer, a maioria dos fornecedores não conhece, corretamente, as necessidades de seus clientes e, por conseguinte, tem diferentes objetivos, faz avaliações por diferentes indicadores e, geralmente, tem metas menos agressivas – se você não se preocupa com o seu cliente, o seu cliente não se preocupa com você. Portanto, o fortalecimento das relações entre fornecedores, distribuidores e clientes tem caráter primordial; os clientes têm muitas dificuldades para aceitar um projeto logístico como uma revisão da própria estratégia empresarial.”A avaliação é de Paulo Roberto Guedes, superintendente operacional e administrativo da Armazéns Gerais Columbia (Fone: 11 3305.9999).
Já para Cleber Carvalho, gerente de planejamento estratégico da Binotto (Fone: 49 221.1906), uma das grandes dificuldades é a qualificação dos responsáveis pela decisão de contratar um operador logístico ou não. Segundo ele, a maioria ainda busca apenas a redução instantânea de custos e encara o operador logístico como um inimigo, que quer arrancar dinheiro da sua empresa ou fazê-lo perder o emprego. “A solução é divulgar cada vez mais os cases de sucesso, mostrando que o sucesso do operador logístico depende do sucesso do seu cliente, ou seja, ele é um valioso aliado. Lógico que existem outros problemas, principalmente de infra-estrutura no país, mas o papel do operador logístico é otimizar os processos dentro das condições existentes”, destaca o gerente da Binotto.
Outros problemas apontados são o despreparo do setor, que recebe a migração de empresas ainda imaturas, e a competitividade em constante ampliação. Outra questão – ainda de acordo com Edson Depolito, diretor comercial da Brucai Logística (Fone: 11 3693.7288) -, seria lidar com certa dificuldade nas soluções fiscais, que atendam adequadamente aos interesses da clientela. Ter que cumprir uma gama imensa de qualificações e certificações técnicas não exigidas num passado recente e deparar-se com a tendência inicial, de que as empresas pretendentes procurem com a contratação do “operador logístico” priorizar a redução de seus custos, complementam algumas das problemáticas do setor.

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