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Conteúdo 10 de maio de 2004

A tecnologia de identificação mais usada no Brasil

Mas, para quem pensa que tudo está perfeito no setor,
ainda existem problemas a serem superados.

O código de barras, por estar consolidado, ser de fácil acesso e baixo custo de implementação, é a tecnologia de identificação mais utilizada no Brasil e no mundo.” A análise é do engenheiro Jalale Mustapha Farhat, diretor da LeNoX Logistics Solutions, um dos entrevistados desta matéria especial do jornal LogWeb.

Ainda segundo ele, “a evolução atual desta tecnologia faz-se mais evidente nas simbologias bidimensionais (2D), que buscam cada vez mais códigos compactos, resistentes a falhas de impressão/manuseio (códigos redundantes) e com alta capacidade de armazenagem e decodificação de informações, que vão desde de dados até imagens. De modo que, com a utilização de códigos 2D na identificação de artigos, pode-se ter à disposição vários registros do artigo sem a necessidade de estar conectado em tempo real a um sistema de gestão”, diz Farhat.
Ainda falando acerca das tendências do código de barras, Everaldo Luiz Reyes, gerente de alianças & canais, e Rui de Avila, diretor comercial, ambos da HHP Brasil, concordam que o futuro aponta para o uso, no Brasil e no mundo, de códigos bidimensionais (maior volume de dados num espaço reduzido) e RFID – Radio Frequency Identification (etiquetas de código de barras inteligentes).

“Hoje, as grandes aplicações estão caminhando para os códigos bidimensionais e, dependendo do segmento, padronizando simbologia para suas aplicações”, explica Avila. Ele também informa que o grande diferencial entre o código bidimensional e o linear é a capacidade de armazenamento. Enquanto o bidimensional armazena 7000 posições, o linear não ultrapassa 40 posições, como no caso do boleto bancário.
“O código de barras evoluiu bastante nestes últimos anos e, atualmente, muitas empresas, a nível mundial, já utilizam o padrão bidimensional, onde pode-se armazenar até 2 k de informação. Mas, a tendência é substituir o código de barras por RFID, mais conhecida por etiqueta eletrônica. Atualmente, em países de primeiro mundo já existe um grande parque de empresas que já utilizam o RFID e não mais o código de barras. No caso do Brasil, o RFID está sendo introduzido a nível de teste ainda. A estimativa levantada é que o Brasil ainda demore uns quatro anos para realizar a troca, tendo 80% das empresas substituído o código de barras pela etiqueta eletrônica. Para os países do primeiro mundo, esta estimativa está em torno de 2 anos.” A análise é de Marcio Morari, diretor comercial/projetos da MHA Sistemas & Serviços.

Já na avaliação de Carlos Conti, diretor geral da Intermec South America, a tecnologia de código de barras continua sendo uma solução eficiente para os sistemas de identificação e coleta de dados, de custo assimilável pela maioria das empresas. “Esse cenário não deve se alterar a médio prazo. A evolução se dá nas características do material onde as etiquetas vão registradas, com papéis e plásticos mais resistentes e duráveis. Evoluem, ao mesmo tempo, os equipamentos que fazem a leitura e também as impressoras. Modelos que oferecem maior produtividade, com maior velocidade de impressão, por exemplo, ou mais compactos”, diz ele.

Para Conti, a exemplo da opinião dos outros especializadas, a tecnologia de RFID vem ganhando terreno rapidamente e encontra hoje um número incontável de aplicações.

Por seu lado, Edvaldo Correa de Sá, diretor executivo da EA3 Soluções Integradas em Captura de Dados, a principal tendência no uso dos códigos de barra está na certificação de sua qualidade. “O convencimento a respeito da necessidade do uso de códigos de barras já é uma conquista a ser celebrada, e o próximo passo será aumentar a qualidade na impressão dos códigos”, diz ele.

Grandes esforços despendidos no processo de automação podem ser desperdiçados se um código de barras estiver mal impresso ou fora das especificações técnicas, avalia Sá. “Por isso deve-se disseminar o uso de verificadores de qualidade de códigos de barras, que são equipamentos capazes de verificar os critérios técnicos de um código de barras de qualidade. Os resultados guiam os produtores do código – fornecedores, gráficas, etc. – no esforço de aumentar a qualidade de impressões destes códigos. Em menos de 2 anos deve ser lançado um verificador de qualidade para códigos de barras bidimensionais”, completa o diretor da EA3.

Pelo lado da acuracidade segue a análise de Tarcísio Tito Salgado, diretor de vendas e marketing da Store Automação – Divisão Comercial. Para ele, em qualquer processo, seja ele produtivo, financeiro ou logístico, a acuracidade da informação é de fundamental importância. A tecnologia de código de barras é uma ferramenta imprescindível que, tendo um software na retaguarda, permite conciliar o fluxo da informação em tempo real com o fluxo do produto/documento, destaca Salgado.

“Sendo assim, entendemos que o uso de código de barras será cada vez mais intenso, visto que, com o padrão internacional EAN, muitas aplicações já estão pré-definidas”, conclui.

Perspectivas
Com relação às perspectivas, Farhat, da LeNoX, acredita que, a longo prazo, a tecnologia de código de barras continuará sendo utilizada como primeira opção para a identificação de itens, mesmo com o advento da tecnologia de identificação por radiofreqüência, a RFID (também conhecida como Smart Label). “Esta perspectiva é confirmada pelo custo de aquisição, implantação e pelo fato da tecnologia RFID não estar tecnicamente consolidada”, avalia o diretor da LeNox.

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