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Conteúdo 10 de novembro de 2005

A difícil transição no Brasil para um cenário Supply Chain Management

Apesar de toda exploração e divulgação do tema Supply Chain no Brasil, a maior parte das empresas ainda encontra dificuldades em se organizar para um cenário focado diretamente em Logística Integrada, tornando a missão de evolução de gestão do negócio interna para gestão da cadeia de abastecimento um desafio “quase intransponível”.

O termo “quase intransponível” é muito forte ou exagerado? Então, vejamos a seguir as origens desta conclusão.
Entre os maiores problemas podemos destacar um muito básico, quase uma resistência coletiva entre os administradores. Trata-se do entendimento conceitual de Logística Integrada, pois a grande maioria dos executivos e dirigentes ainda permanece com o conceito de que logística refere-se única e exclusivamente às áreas de manuseio, expedição e transporte da empresa. Mas, seguramente, esta não é a principal resistência ou falta de interesse neste tema.
Com base em algumas experiências vivenciadas em vários projetos nas empresas, além do que tenho dividido e discutido com alguns mestres e consultores especialistas no tema, estarei selecionando algumas observações derivadas de fatos que influenciam diretamente o resultado e as dificuldades em implementar o modelo “Logística Integrada”, ou SCM.
O objetivo é propor uma reflexão aos administradores e executivos das empresas e colegas consultores, interessados em entender as reais dificuldades e motivos do mercado industrial nacional em criar um novo modelo de gestão sob a ótica exclusivamente do cenário “Logística Integrada” ou Supply Chain Management.
Podemos concluir em uma visão geral de analise do mercado atual os seguintes aspectos presentes no dia-a-dia das empresas, independentemente da situação econômica e política nacional atual.
*Forte competição
*Complexidade para elaboração de previsão de demanda
*Margem de lucro reduzida
* Baixa qualidade de planejamento
*Visão dos objetivos distorcidos
*Insegurança para tomada de decisão
Portanto, a pergunta é por que este modelo de gestão integrada tem restrições e dificuldades quanto a sua implementação plena nas empresas?
Cabe ressaltar que, durante os projetos de implementação, revisão ou adequação da área de Logística Integrada dentro das empresas, a qualidade em relação a processos e procedimentos, bem como a qualidade da informação (dados), nunca foram os elementos de restrição ao sucesso da implementação, o que reafirma a máxima de que os maiores problemas não estão localizados na base e, sim, nos níveis gerenciais e decisórios das empresas.
Abaixo as observações e comentários que devem ser alvo de nossas análises, discussões e ponderações sobre o que representam e quanto contribuem para a implementação dentro das empresas de um novo modelo integrado de gestão.
Estas observações não estão em ordem seqüencial, e são consideradas como oito pontos.
1. Modelo hierárquico departamentalizado!Ainda resistem aos modelos de gestão atualizados, a subordinação de processos e as informações reclusas a áreas ou departamentos, mesmo em ambientes que contemplam ERP MRPII, reforçando a tese de que a empresa mantém engessados antigos conceitos de administração.
2. Área de logística atuando apenas como um velho PCP!Muitas empresas esforçam-se na tentativa de criar e desenvolver uma área de logística, porém, na prática, continuam a operar como um PCP com as rotinas e processos específicos e baixa integração na empresa.

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