GRU Airport recebe investimento de mais de R$ 100 milhões para expandir seu Terminal de Cargas

22/03/2022

GRU Airport

O Terminal de Cargas (TECA) do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, administrado pela GRU Airport, terá sua área ampliada para otimizar o parque logístico por via aérea e permitir a expansão de longo prazo dos seus negócios logísticos.

A partir do aporte de mais de R$ 100 milhões, realizado por um investidor institucional, serão construídos três galpões num terreno com área total de 60.000 m2. A ampliação de área construída excede os 40.000 m2, fazendo com que o TECA passe dos atuais 145.000 m2 para quase 200.000 m2, um incremento de mais de 25% de área.

“O TECA de Guarulhos é o maior complexo do Brasil. A ampliação da área de armazéns faz parte da aposta estratégica da concessionária no setor de cargas, que apresentou crescimento de 15,5% entre importação, exportação e courier, quando comparado de 2021 a 2019, representando no último ano 57% da receita tarifária total do aeroporto. A nossa estratégia é clara e divide-se em 3 elementos: em primeiro lugar, uma expansão da área construída visando ao crescimento dos negócios logísticos; segundo, uma aposta decisiva e definitiva no segmento de carga de trânsito, potenciando o hub logístico em GRU, com redução do custo operacional das empresas aéreas e otimização dos seus ativos mais valiosos – as aeronaves; e terceiro, áreas e operações dedicadas à operação de encomendas expressas que ganharam uma relevância central durante a pandemia. Com isso, consideramos que a ampliação servirá para aumentar o volume de importações e exportações, conectando o Brasil com 35 países, através de 58 rotas internacionais, bem como da carga doméstica, que usufrui de 61 rotas diretas desde o aeroporto”, afirma João Pita, diretor Comercial e de Cargas da GRU Airport.

Para comportar o crescimento previsto para os próximos anos, a concessionária prevê novos investimentos. “Com os novos armazéns, o TECA será capaz de alocar mais capacidade e melhores condições aos serviços de importação e exportação, à movimentação de carga doméstica, às operações de courier e à carga de trânsito. Uma das apostas é a criação de condições para o crescimento do negócio de courier e possibilidade de fixação de verdadeiras bases de empresas de logística internacionais e de plataformas de comércio eletrônico. Abre ainda a possibilidade de negociação de novas estruturas de operação, com responsabilidade partilhada entre a concessionária e transportadores, agentes de carga, companhias aéreas e importadores, oferecendo mais flexibilidade e eficiência, com sinergias operacionais óbvias”, complementa Pita.

A previsão é de que as obras de ampliação se iniciem no segundo semestre de 2022, com término em 2023. A gestão dos armazéns estará a cargo do investidor, sendo o contrato com a GRU Airport baseado na métrica de cessão de área.

O investimento foi aprovado pela Secretaria Nacional da Aviação Civil (SNAC), ao abrigo da Portaria Nº93, que autoriza a assinatura de contratos para investimento de terceiros com um prazo de validade de até 40 anos. Com isso, o Investidor tem direito à exploração das infraestruturas pelo período aprovado, neste caso até 2062, sendo o contrato agora firmado continuado pelo novo Concessionário que surgir da relicitação do aeroporto que decorrerá em 2032 após término do atual contrato de Concessão.

Do início da concessão, em 2012, até o ano de 2021, os investimentos realizados no TECA foram de aproximadamente R$ 50 milhões, especialmente na expansão da infraestrutura e em sua modernização e automatização. Como exemplo, hoje GRU conta com 24 câmaras frias monitorizadas 24/7 que permitem manter os mais elevados padrões de qualidade.

Investimento contínuo

Em 2021, a GRU Airport começou quatro projetos de expansão da infraestrutura dedicada para cargas. Um deles é o armazém de exportação em colaboração com a Tri-Star, destinado à exportação. Um projeto inédito no país, com o investimento de R$ 3 milhões por parte da Tri-Star que possibilita aumentar em até 35% a capacidade de recebimento de cargas para exportação, armazenamento e paletização para exportação. Esse investimento e aumento da capacidade operacional são fundamentais para continuar a crescer o volume de carga de exportação, em linha com o que tem acontecido.

Outro projeto de infraestrutura, ainda em fase inicial, é a viabilização de um armazém para carga de trânsito perecível e seca para que o GRU possa fomentar ainda mais o seu foco em ser o principal hub de cargas do continente, assim como já acontece com o transporte de passageiros.

Produtos transportados

O segmento de expertise de GRU Airport é o farmacêutico, incluindo vacinas. A estrutura de recebimento e entrega conta com a mais alta certificação da IATA – CEIV Pharma – que atesta a qualidade do serviço prestado. Além disso, sendo o líder no mercado brasileiro, o GRU Airport tem uma presença muito relevante nos segmentos de partes e peças automotivas, têxtil, alimentos, maquinários e peças aeronáuticas, segundo Pita.

Na exportação, com mais de 50% de participação no mercado, o GRU é o principal aeroporto por onde escoa a produção brasileira, em especial de perecíveis. Na carga expressa, que envolve tanto os dados de importação e exportação de courier e mala postal, o market share de Guarulhos foi de 44% em 2021, fruto do aumento expressivo de operações cargueiras dedicadas. Devido à sua estrutura de armazéns próprios e de terceiros e a malha aérea e conectividade, o aeroporto também vem se destacando na distribuição do comércio eletrônico que tem tendência clara de crescimento, seja no mercado doméstico ou internacional.

Movimentação

Entre janeiro e fevereiro deste ano foram transportadas mais de 49 mil toneladas de cargas, considerando importação e exportação, além de um volume expressivo e crescente de encomendas courier e mala postal. Este total representa crescimento de 14% com relação ao mesmo período do ano anterior.

No mesmo período, o Terminal de Cargas de GRU foi responsável por 39% do volume total de carga importada via aérea no Brasil, além de ter exportado 53% das cargas aéreas que partiram do país para abastecer as demais regiões do mundo. Em relação ao segmento de encomendas expresso, o market share do aeroporto foi de 40%.

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